Kainan Wesley, de 27 anos, é apontado pelas autoridades como um dos criminosos mais perigosos em atividade no Brasil. Natural de Curitiba, no Paraná, ele é procurado por envolvimento em mais de 30 homicídios registrados em diferentes estados, incluindo Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Morte do pai motivou criação de facção criminosa
Segundo informações divulgadas pelo Cidade Alerta, a trajetória de Kainan no mundo do crime começou após o assassinato do pai, em 2002. A vítima foi morta em uma emboscada organizada por criminosos disfarçados de policiais civis. Movido por desejo de vingança, Kainan passou a agir da mesma forma que os autores do crime: utilizando fardas falsas para atrair e eliminar alvos.
Nos anos seguintes, ele estruturou uma facção com atuação direta em execuções, tráfico de drogas e crimes armados. Ao longo do tempo, sua atuação se expandiu para além de Curitiba, alcançando outros estados da região Sul e também o Sudeste.
Assassinatos recentes reforçam o histórico violento
Em fevereiro deste ano, dois crimes atribuídos a Kainan reacenderam o alerta das forças de segurança. No dia 14, três trabalhadores de uma obra foram mortos por ele e um cúmplice. Ambos estavam vestidos como policiais civis. A motivação, segundo os investigadores, teria sido uma dívida relacionada a atividades ilícitas.
No dia 21 do mesmo mês, William da Silva foi executado dentro de um veículo, na frente da esposa e da filha. A vítima, segundo a investigação, teria tentado abrir um ponto de venda de drogas (biqueira) em território controlado por Kainan.
Outros crimes atribuídos a Kainan incluem execuções com requintes de crueldade
O nome de Kainan também aparece na investigação das mortes de David Boni Paledova, conhecido como “Pikachu”, encontrado sem vida em frente a um supermercado, e Jonas Ferreira, desaparecido desde junho de 2022. Este último foi confirmado como morto após análise de um vídeo que mostra a execução e, posteriormente, o rosto do próprio Kainan sendo exibido na gravação.
A motivação da morte de Jonas seria seu suposto envolvimento na morte do pai de Kainan. Mesmo negando participação e alegando estar preso na época, ele foi executado.
Criminoso permanece foragido e tem alerta de captura em diversos estados
Desde o último dia 10 de abril,
quando a Divisão de Homicídios de Curitiba
deflagrou uma operação para tentar capturá-lo,
Kainan segue foragido.
A ordem de prisão se estende entre os estados do Sul e Sudeste do país.
Seu paradeiro é desconhecido, e ele é considerado de alta periculosidade pelas forças policiais.