A cada novo boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA), o alerta se intensifica: o Paraná vive um surto preocupante de dengue — e Cambará e toda a região norte do estado precisam agir com urgência. O novo informe epidemiológico publicado nesta terça-feira (8) revela números alarmantes: mais de 30 mil casos confirmados e 27 mortes apenas nos primeiros três meses do ano.
A 17ª Regional de Saúde, que abrange Londrina e outras cidades próximas como Cambé, Porecatu e Alvorada do Sul, já contabiliza 12 óbitos causados pela doença, liderando o ranking estadual. Em paralelo, a 19ª Regional de Saúde de Jacarezinho, da qual Cambará faz parte, registra 1.852 casos confirmados, sendo uma das cinco regiões com os maiores índices no Paraná.
Dentre os óbitos registrados recentemente, há vítimas com idades que variam de 9 a 76 anos, o que prova que ninguém está imune à gravidade da doença. Crianças, adultos e idosos estão entre os que perderam a vida por complicações da dengue.
Cambará e região precisam reagir!
O cenário exige mais do que atenção: é hora de mobilização coletiva. A guerra contra a dengue não será vencida apenas por profissionais de saúde ou campanhas do governo. A vitória depende diretamente da conscientização de cada morador, de cada família, de cada quintal limpo.
Cambará, como tantas cidades do interior, possui características propícias para a proliferação do mosquito transmissor: muitas áreas abertas, terrenos baldios, entulhos acumulados e recipientes esquecidos em quintais e varandas. E é justamente nesses pequenos focos que o mosquito se desenvolve silenciosamente — até que o estrago seja feito.
Doença silenciosa, consequências devastadoras
Além da dengue, o mosquito Aedes aegypti é vetor de outras doenças graves como a Chikungunya e o Zika vírus. Em 2025, já foram confirmados 1.381 casos de Chikungunya no estado, enquanto o Zika, embora com 37 notificações, ainda não teve casos confirmados.
Não podemos esquecer que o mosquito é rápido, resistente e implacável. Uma tampinha de garrafa já é suficiente para virar um criadouro. Por isso, as ações individuais precisam ser constantes:
Saúde pública e consciência coletiva
O combate à dengue vai além das campanhas. Exige responsabilidade de cada cidadão. Não basta cobrar do poder público: é preciso olhar para o próprio quintal, para a vizinhança, para a escola dos filhos e para os terrenos abandonados.
Em Cambará, ações de prevenção já estão sendo realizadas, mas é necessário que a população abrace a causa. Afinal, não há agente de saúde suficiente para fiscalizar cada casa — mas há uma população inteira capaz de impedir novas tragédias.
A vida não pode esperar!
A dengue mata, e tem matado cada vez mais perto da gente. Não espere que o problema bata à sua porta. A hora de agir é agora. Sua vida, sua família e sua cidade dependem disso.
Denuncie focos do mosquito. Previna-se. Cuide do seu lar. A guerra contra a dengue só será vencida com a união de todos.