Na sexta-feira (7), o Brasil registrou o primeiro caso da cepa mais perigosa da mpox, o Clado 1b, na Região Metropolitana de São Paulo. A paciente, uma mulher de 29 anos, está em boas condições e deve receber alta na próxima semana. O vírus, antes restrito a surtos africanos, agora alcança 14 países fora do continente, incluindo o Brasil.
De acordo com o jornal O Globo, a mulher não viajou para áreas de surto na África, mas recebeu visitantes da República Democrática do Congo, seu país de origem. A vigilância sanitária investiga a entrada do vírus no País. O Clado 1b já foi identificado no Reino Unido (9 casos), China (7), Alemanha (7), Tailândia (4) e outros.
Características e Transmissão da Mpox
A mpox é uma zoonose provocada pelo vírus MPXV, da família Poxviridae. Ela se espalha por contato com lesões de pele, fluidos corporais ou materiais contaminados. Roedores silvestres também podem transmitir a doença. O infectologista Danilo Campos explica que o contágio ocorre desde o início dos sintomas até a cicatrização total das lesões.
Os sintomas incluem erupções cutâneas, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios, fraqueza e linfonodos inchados. As lesões surgem como bolhas e evoluem para úlceras, durando de duas a quatro semanas. Gestantes, crianças e imunodeprimidos enfrentam maior risco de complicações graves, como pneumonia.
Diagnóstico e Cuidados Médicos
O diagnóstico exige testes moleculares ou sequenciamento genético, usando secreções ou crostas das lesões, conforme o Ministério da Saúde. Não há tratamento específico. Danilo Campos destaca que a assistência foca em aliviar sintomas, com antivirais reservados para casos graves. A paciente de São Paulo segue sob monitoramento, mas apresenta evolução positiva.
A mpox é autolimitada na maioria dos casos, com cura em poucas semanas. Porém, em imunodeprimidos, crianças e grávidas, pode haver complicações sem cuidados adequados. A alta prevista da paciente reforça o controle da situação até agora.
Medidas de Prevenção Essenciais
A OMS recomenda evitar contato direto com lesões e praticar sexo seguro. Infectados devem se isolar, usar máscara se houver lesões na boca e não compartilhar objetos. Higienizar mãos e lavar roupas com água morna são ações eficazes. Em áreas com animais silvestres, o contato deve ser evitado.
Interessado em se proteger? Siga as orientações: desinfete superfícies e descarte resíduos contaminados corretamente. Para grupos de risco, como gestantes, evite locais de alta incidência. Aja agora e fique informado sobre essa nova ameaça.