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Norovírus: Paraná é um dos estados do Brasil que mais sofreu com a doença nos últimos 4 anos

Vírus altamente contagioso causador de gastroenterite aguda, uma inflamação do estômago e intestinos, tem rápida proliferação e pode ser confundido com outras doenças

Jomar Medeiros
Por: Jomar Medeiros Fonte: Da Assessoria
05/02/2025 às 20h06
Norovírus: Paraná é um dos estados do Brasil que mais sofreu com a doença nos últimos 4 anos
Vírus altamente contagioso causador de gastroenterite aguda, uma inflamação do estômago e intestinos, tem rápida proliferação e pode ser confundido com outras doenças

Doença foi a responsável pelo aumento de casos de gastroenterite na Bahia, em Santa Catarina, no Paraná, Rio Grande do Sul e em Goiás; Litoral do Paraná teve um aumento de 306% no número de casos de viroses em 2025

Altamente contagioso e causador de gastroenterite aguda, uma inflamação do estômago e intestino, o norovírus ainda é uma preocupação aos veranistas de todo o Brasil. Segundo um levantamento feito a partir das Secretarias Estaduais da Saúde, nos últimos quatro anos, os estados que tiveram mais casos da doença foram: Bahia, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. 

Só no litoral do Paraná, por exemplo, segundo Dados das Unidades Sentinela de Doença Diarreica Aguda da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Paraná, neste ano já foram registrados 5.439 atendimentos por Doenças Diarreicas Agudas (DDA), um aumento de 306% em comparação aos 1.339 casos registrados no mesmo período do ano passado.

De acordo com análises do Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), os casos de viroses de Guaratuba e Morretes que acontecerem neste verão, por exemplo, ambos municípios do Litoral do Paraná, foram causados pelo norovírus. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em nota, a pasta afirmou que “o vírus foi identificado como o agente causador do surto registrado nos municípios de Guaratuba e Morretes, na região litorânea.

Nos demais estados, o levantamento aponta um aumento no número de casos de gastroenterite por norovírus em Salvador, principalmente no primeiro semestre de 2024 e um cenário semelhante registrado na capital baiana em 2022. Foram centenas de casos registrados também em outras cidades baianas, principalmente nas litorâneas.  

Já em Goiânia, em 2024, pelo menos 186 cidades apresentaram surto de diarreia aguda. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), foram mais de 57 mil só no mês de agosto. O rotavírus e o norovírus foram considerados as principais causas.

Em 2023, o vírus foi responsável por um surto de diarreia em Florianópolis, quando mais de 5 mil pessoas apresentaram sintomas. Em 2022, o norovírus também causou um surto de casos de vômito e diarreia, nos primeiros dias de janeiro, em Guaratuba, no litoral do Paraná. Cerca de mil pessoas apresentaram sintomas em apenas uma semana. E em outubro de 2021, o microrganismo causou um surto em várias cidades no estado do Rio Grande do Sul.

Diante disso, o especialista Leandro Saldivar Da Silva, coordenador do curso de Enfermagem da Universidade Unopar Anhanguera, explica que o norovírus pode infectar pessoas de todas as idades e se espalha rapidamente, sobretudo em ambientes fechados, como escolas, cruzeiros, hospitais e até mesmo nos lares. 

O docente aponta, que este é um problema grave e de rápida proliferação, sendo o causador de: vômito, diarreia, febre e dores abdominais.

"A chamada calicivirose é uma das mais importantes causadoras das gastrenterites em humanos e animais. Devido a sua capacidade de infecção, é facilmente transmitido de pessoa para pessoa. Os sintomas iniciais implicam no aparecimento repentino de náuseas seguido de vômitos e diarreia forte. Os infectados também podem apresentar febre, dor de cabeça, estômago e dores nos membros já após as 24 primeiras horas após o contato com o vírus”, indica.

Leandro alerta ainda, que outro meio de propagação é devido à ingestão de alimentos ou água contaminada. Segundo o especialista, não há um tratamento específico para o norovírus, mas que a hidratação e reposição de eletrólitos, por meio de sais orais ou soro caseiro e hidratação endovenosa nos casos mais graves, contribui para a recuperação do problema. 
 

"O principal risco ainda é a falta de higiene, por isso, a melhor forma de se prevenir manter hábitos básicos de higiene como, lavar as mãos, isolamento dos doentes e higienização do ambiente. Além disso, é essencial higienizar alimentos, principalmente aqueles consumidos crus, como folhas e vegetais e, caso esteja em algum local onde há suspeita de surto, dar preferência pela água mineral, inclusive para escovar os dentes”, ressalta.
 

Por fim, Leandro dá algumas orientações acerca do problema. Confira:
 

Transmissão

O norovírus se espalha facilmente de pessoa para pessoa. As principais formas de transmissão incluem: consumo de alimentos ou água contaminados, contato direto com uma pessoa infectada, toque em superfícies ou objetos contaminados e, em seguida, levar a mão à boca.
 

Prevenção

Medidas preventivas incluem:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente após usar o banheiro e antes de comer ou preparar alimentos;
  • Limpar e desinfetar superfícies contaminadas com uma solução de água sanitária;
  • Lavar frutas e verduras antes do consumo;
  • Cozinhar frutos do mar completamente.

Tratamento

Não há um tratamento específico para a infecção por norovírus. O tratamento é principalmente de suporte e inclui:

  • Manter-se bem hidratado, bebendo bastante líquidos para evitar a desidratação
  • Descansar o suficiente
  • Utilizar soluções de reidratação oral se necessário

“Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de fluidos intravenosos para tratar a desidratação severa. Como o norovírus é uma infecção viral, os antibióticos não são eficazes contra ele. Além disso, é essencial buscar orientação médica”, finaliza. 

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