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Policial militar é preso por suspeita de executar delator do PCC no aeroporto de Guarulhos

No dia do assassinato, ele carregava um mala com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos

Jomar Medeiros
Por: Jomar Medeiros Fonte: Sputnik Brasil
16/01/2025 às 14h45
Policial militar é preso por suspeita de executar delator do PCC no aeroporto de Guarulhos
Uma operação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo terminou com policiais militares presos pelo envolvimento no assassinato do empresário Vinícius Lopes Gritzbach, em novembro do ano passado, no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Entre eles está o executor do crime.
Segundo a TV Globo, o policial preso acusado de ser o atirador é o cabo Denis Antonio Martins.
Alcunhada de Prodotes, a ação foi impulsionada por uma denúncia anônima, e também prendeu preventivamente outras 14 pessoas, cinco acusados de envolvimento direto com a morte de Gritzbach e o restante, de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a denúncia, informações sigilosas e estratégicas eram vendidas por policiais militares para membros do PCC, dentre eles Gritzbach, que era escoltado por agentes da PM.
O mandante do crime ainda está sendo investigado. Nas redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), garantiu que "desvios de conduta serão severamente punidos e submetidos ao rigor da lei" na corporação, escreveu.
Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento em que o delator denuncia policiais civis por extorsão.
No dia do assassinato, ele carregava um mala com mais de R$ 1 milhão em joias e objetos, de acordo com o boletim de ocorrência do crime, registrado pela Polícia Civil na delegacia de Cumbica, bairro onde está localizado o aeroporto.
Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto. Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC).
O empresário era investigado pela Justiça por lavagem de dinheiro, pelo menos R$ 30 milhões para o PCC, além de ser acusado de ser mandante do assassinato de dois integrantes da facção: Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, mortos em 27 de dezembro de 2021.
Em março, ele fechou acordo para delatar integrantes da facção criminosa, além de policiais envolvidos. Porém, Gritzbach recusou entrar no programa de proteção do governo.