Estamos atravessando uma época difícil para o agronegócio brasileiro. Sofremos com insegurança jurídica, credito escasso, caro e condições climáticas preocupantes.
Quanto às condições climáticas, o município de Cambará-PR, já decretou, recentemente o “Estado de Emergência” em decorrências das secas no período de desenvolvimento das lavouras de verão. Este Decreto auxilia nas negociações com credores, tanto nas instituições financeiras ou fornecedores, possibilitando o alongamento das dívidas. Porém, a adversidade climática “SECA” está prologando, comprometendo sobremaneira a 2ª Safra, ou a safra de inverno, também conhecida como “safrinha”. As lavouras implantadas de milho ou trigo vem apresentando fraco desenvolvimento, com perdas estimadas, em algumas lavouras de até 100% da produção.
Além das condições climáticas, no caso de Cambará, a SECA, por conta do valor das “commodities”, alguns produtores estão tendo dificuldades para arcar com suas obrigações, o alongamento de suas dívidas, compromete sua renda futura, inviabilizando qualquer projeto de investimento na sua atividade.
Em uma oportunidade, neste mesmo jornal, quando o AGRO vinha apresentando um bom cenário, anos com recordes de produção, de produtividade, de exportação crescente, preços convidativos, foi apresentado um alerta, que era preciso cautela e cuidado com o crédito, com a gestão e investimentos não necessários à atividade. Alguns produtores investiram pesado, contando com a boa maré, mas foram surpreendidos.
Estamos vivendo numa época que não podemos perder receitas novamente. É preciso investir no que traz retorno. Os arrendamentos subiram muito e hoje não se pagam de maneira alguma. O produtor precisa fazer suas contas e entender se conseguirá ou não arcar com este gasto. É preciso analisar qual a margem que ele pretende te, e ver se esse arrendamento se encaixa no seu negócio.
O produtor precisa olhar com mais atenção para o seu negócio. Gestão é a palavra-chave. Nisso inclui a busca por alternativas, como culturas diferentes das praticadas comumente e com certo “conforto”, redução de custos e maximização dos resultados.
A atividade rural é cíclica, temos anos/safras boas e safras fracas ou ruins. É preciso saber produzir, saber comprar, saber vender. Para isso, ressalto a importância do produtor rural estar próximo do Sindicato Rural de sua cidade e do Sistema FAEP/SENAR, que defende os interesses e direitos do setor, e ainda oferece capacitação, conhecimento e informações que auxiliam na condução da atividade agro. Não deixe para valorizar a entidade somente quando a “água chegar no pescoço”.
A entidade está sempre pronta para receber o produtor e ajudar no que estiver ao alcance, como entidade de classe.
Vamos continuar alimentando o Brasil e o mundo!!!