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CLIMA tenso se instala no AGRO em Cambará

Se considerarmos a área plantada de soja no município de 16.800 hectares, ou 6.942 alqueires

Jomar Medeiros
Por: Jomar Medeiros Fonte: Da Redação
18/02/2024 às 11h44
CLIMA tenso se instala no AGRO em Cambará

Estamos preocupados com os rumos que o nosso município pode trilhar neste ano de 2024, que iniciamos.

Senão vejamos, a base de sustentação do município é da agricultura, com suas lavouras de soja e cana-de-açúcar, que juntos somam mais de 30.000 há dos 36.000 há da área total do município, ou seja, 83% da área (em números aproximados).

Estas culturas, soja e cana-de-açúcar, tem, pelas suas características agronômicas, o período de novembro, dezembro e janeiro, como importantíssimos para definição de sua produção/produtividade, e, neste período observamos uma diminuição significativa do regime de chuvas e consequente aumento de temperaturas medias nas lavouras. Esta conjunção de fatores: falta de chuvas ou chuvas abaixo da média, e temperaturas elevadas, causam no caso da lavoura de soja, o fraco desenvolvimento das plantas, o abortamento das vagens, e ainda a má formação dos grãos, e conforme estimativas de técnicos e todos agentes do agronegócio de Cambará, a estimativa de produção esta reduzida em 50% da média histórica do município.

Se considerarmos a área plantada de soja no município de 16.800 hectares, ou 6.942 alqueires, com produtividade media de 145 sacas de soja por alqueire, teríamos a estimativa de 1.006.600 sacas a serem colhidas nesta safra 2023/2024.

Considerando a estimativa de redução de produtividade em 50%, as perdas na lavoura de soja somariam o total de 503.300 sacas de soja, que ao preço atual de mercado de R$ 105,00 por saca de soja, representa o montante de R$ 52.846.500,00 que deixariam de circular no município.

Soma-se a este montante, a redução de preço que sofreu a comodities de soja.

Na safra anterior 2022/2023, que foi comercializado em media no valor de R$ 160,00 por saca de 60 kg, atualmente obtêm-se somente o valor de R$ 105,00/saca de soja, a redução atinge o montante de R$ 27.681.500,00, que somados às perdas pela seca/altas temperaturas atinge o valor total de R$ 80.528.000,00 que deixarão de circular no município de Cambará.

Em relação a lavoura de Cana-de-açúcar, os técnicos consultados, consideram os meses de dezembro e janeiro, como o melhor período de desenvolvimento da cultura, determinando a produtividade que a lavoura pode alcançar.

A área cultivada com lavoura de cana-de-açúcar no município de Cambará, é de 14.000 há, e a produtividade média dos últimos anos, em números aproximados é de 90 toneladas por hectare, teríamos a expectativa de produção de R$ 1.260.000 toneladas a serem produzidas na safra corrente. Com as perdas estimadas com o evento SECA nos meses de dezembro/23 e janeiro/24, de 30% (trinta porcento) estima-se a redução da produção em 378.000 toneladas de cana-de-açúcar, faltantes na produção total do município.

Considerando o valor médio atual da cana-de-açúcar de R$ 158.60 por tonelada, atinge a cifra de R$ 59.950.800,00 que também deixarão de circular no município de Cambará.

Somando-se lavoura de soja de R$ 80.528.000,00 e Cana-de-açúcar de R$ 59.950.800,00, tem-se o montante de R$ 140.478.800,00, o que corresponde, considerando a população de 23.000 habitantes, a redução de R$ 6.107,77 na renda de cada cidadão cambaraense.

Esta é a dura realidade, e isto só confirma a afirmação de que a agricultura é uma indústria a céu aberto, sujeito a todas as intempéries, e o produtor sempre se mostrando forte, determinado a dar continuidade à sua atividade com afinco e amor, lutando diariamente não só com estas adversidades da natureza, mas também com a incompreensão de outros setores que compõe este Brasil.

 

Da Assessoria
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