Por falar nesses movimentos, capitaneados por grupos como o MST, desde o início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga exatamente o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, praticamente não houve registro de novas invasões no país.
De janeiro a abril, foram 56 áreas invadidas em diversos estados. De maio em diante, período em que a CPI começou os trabalhos, houve apenas um registro, em São Paulo.
“É um avanço na questão fundiária. Ajudamos a criar a CPI do MST, que praticamente estancou as invasões no país, e estamos vendo as investigações avançarem”, afirma o deputado federal Pedro Lupion, Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Assinaturas
Ele lembra que a Frente participou da coleta de assinaturas e das negociações para que houvesse apenas um requerimento no Congresso. Na época, eram três - dos deputados Tenente-Coronel Zucco, Kim Kataguiri e Ricardo Salles. O de Zucco foi o escolhido por ter mais assinaturas até aquela ocasião.
Lupion lembra que é importante “descobrir quem efetivamente financia, banca e ordena essa onda de invasões todas que nós enfrentamos no começo do ano e repudiamos”. E que a FPA seguirá acompanhando os trabalhos da CPI.
Para ele, outro fator que contribuiu para o que ocorreu no campo foi o fato do governo ter “apoiado fortemente” esses movimentos invasores.
Vale lembrar que o Presidente Lula, após primeiras invasões do MST e de outros grupos, convidou o líder do movimento, João Pedro Stédile, para integrar a comitiva presidencial na China. A falta de condenação de membros do governo às atitudes dos invasores foi outro ponto bastante criticado por Lupion e outras lideranças agropecuárias na época.
O presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR), fez um balanço positivo das atividades, durante o primeiro semestre de 2023.
Segundo Lupion, a FPA que reúne mais de 300 parlamentares, teve uma agenda intensa de defesa dos interesses do agronegócio que incluiu temas como o posicionamento contrário às invasões de terras produtivas, através da instalação da CPI do MST, o retorno de funções estratégicas ao Ministério da Agricultura com aprovação da MP da Reestruturação dos Ministério (MP 1154/2023), a prorrogação da adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do RenovaBio, benefícios para o agro no texto da reforma tributária e o marco temporal. Além da aprovação das alterações propostas (PL 2384/2023) no voto de qualidade do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
“Este semestre mostramos o tamanho da nossa força dentro do Congresso Nacional, dentro da Câmara dos Deputados, e avançamos em pautas importantes para o setor agropecuário”, disse.
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