Este ano a Fetexas comemora 33 anos de idade e se eu não morrer até 17 dezembro completarei 60 anos. PQP, quem diria… Quando a nossa festa country nasceu eu tinha 27 anos e fazia parte da diretoria da Associação Comercial (ACIJA), criadora do Evento.
A divulgação da Fetexas de 2023 a considera como 28a Edição, e já esclareci ao Airton Setti, atual organizador, que há um equívoco nessa conta. De 1990 a 2016 ela foi realizada ininterruptamente, ou seja, foram 27 edições. Em 2022, quando retornou, realizou-se a 28a e este ano a 29a. Ano que vem, portanto, será comemorada a 30a edição da Fetexas.
O erro se dá porque as pessoas tendem a contar o número de edições como o de aniversários, esquecendo-se que quando ela completa o primeiro ano já foram duas edições. Detalhes, mas importantes, na minha opinião.
Nascida em 1990, nessas pouco mais de três décadas muita coisa mudou. Do centro da cidade, depois para a Estação Ferroviária, Avenida Brasil e finalmente no Centro de Eventos, a cada edição uma inovação foi sendo acrescentada. Com justiça, o recinto recebeu o nome do prefeito José Antonio de Oliveira. Pouca gente se lembra, mas apesar de adquirido na gestão do ex-prefeito Mário Clóvis Gaspar, o Marião, foi na gestão do Zé Antonio que o terreno foi pago. E o Zé teve a infelicidade de partir primeiro, deixando saudosa memória.
O Marião fez a arena de rodeios e mais tarde o Zé Antonio fez o Saloon (transformado em recinto de leilões), a Cidade Texana (que não existe mais), a Churrascaria e começou o pavilhão.
A Tina Toneti, em sua gestão, cobriu a arena, concluiu o pavilhão e iniciou o novo recinto de leilões. E o Dr. Sérgio o concluiu, depois ampliou, equipou e mobiliou.
Ano passado, depois de cinco anos de ausência, a Fetexas voltou. E o prefeito Marcelo Palhares passou a investir mais fortemente em atrações artísticas. E neste 2023, além de continuar apostando em grandes nomes do cenário musical, está apoiando o novo formato do Baile do Texas, que pela primeira vez será realizado sob uma tenda. Está investindo na pavimentação da Avenida Manoel Pereira Garrido Filho, que liga o recinto à Rodoviária. Será um importante passo na consolidação do Centro de Eventos.
Eu tive a satisfação de estar à frente da Comissão Organizadora da Fetexas entre 2013 e 2016. Antes de mim quem presidiu o evento foi a empresária Nádia Consolin, que me ajudou muito. Lembro que o primeiro presidente foi meu compadre Sílvio Ferreira, à época presidente da ACIJA. Depois vieram Valter Martoni, Tereza Vilela, Alfredo Ayub, Mara Melo, José Augusto Tobias – outro querido, de quem emprestamos o nome para batizarmos o recinto de Leilões até chegar ao Airton Setti, que tem feito um belo trabalho. É impossível lembrar dos nomes de todos que contribuíram para o crescimento da Fetexas, mas foram muitos, e foram imensos.
Conto tudo isso para dizer que a soma de esforços está na base das grandes conquistas de uma comunidade. Deixei de fora muitos detalhes devido à limitação de espaço, e não há intenção de traçar um retrato exato. Fica para uma próxima oportunidade.
Só queria mesmo dizer que nós todos fazemos de Jacarezinho uma comunidade invejável, que tem muito a evoluir e uma bela história a reverenciar. E a evolução depende de cada um de nós.
Homero Pavan Filho
Jornalista