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DIA DO CAMPO DE ALGODÃO 2022/2023

A colheita foi iniciada, a perspectiva de produção é boa e a qualidade do produto também

11/06/2023 às 20h08 Atualizada em 12/06/2023 às 10h36
Por: Jomar Medeiros Fonte: Da Redação
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DIA DO CAMPO DE ALGODÃO 2022/2023

Estamos prestes a colher a safra 2022/23 das lavouras de algodão no Estado do Paraná, e o município de Cambará é uma das primeiras a iniciar esta colheita que encerra mais uma etapa do esforço que a ACOPAR e alguns abnegados da Cotonicultura, para a retomada da cultura no Paraná.

No último dia 09 de maio, foi realizado o Dia de Campo de Algodão, realizado no sitio de propriedade do Sr. José Gonzalez Cenizo, com a presença do Sr. Almir Montecelli, presidente da ACOPAR, do Sr. Dr. Eleusio Curvelo Freire (ex EMBRAPA ALGODÃO), do Sr. Dr. Wilson Paes de Almeida (ex IAPAR), do Sr. Dr. Ruy Seiji Yamaoka (IDR-PR), do Sr. Otaviano Lelis – Coordenador de Campo da ACOPAR, diversos produtores e estudantes do Colégio Agrícola Mohamed Ali Hamzé (Cambará/PR).

Na oportunidade, o Sr. Almir Montecelli apresentou os aspectos que envolvem a retomada da cultura, em especial a questão do Mercado de Algodão, frisando que atualmente o Brasil é o 2º maior exportador de algodão, e o 4º maior produtor do mundo, e que o mercado é amplo, com boas possibilidades para o Paraná ampliar a participação da produção nacional.

“Somos referencia no cultivar do algodão, mas podemos ser controladores do mercado mundial facilmente, não vamos parar de buscar cada vez mais produtores que anseiam por uma cultura lucrativa e de fácil manejo” - comentou Almir Montecelli.

O Sr. Dr. Eleusio Curvelo Freire discorreu sobre o Projeto de Revitalização do Algodão no Paraná, que nada obstante de algumas dificuldades no caminho desta revitalização, a cultura vem angariando ano a ano novos produtores dispostos a participarem desta retomada.

Discorreu também sobre o Sistema de Produção Adaptado ao Paraná, pois com sua vasta experiencia, com mais de 50 anos trabalhando e pesquisando a Cultura do Algodão, é o elemento muito importante para a implantação de novas tecnologias na cultura, que se adaptam ao Estado do Paraná.

O Sr. Otaviano Lelis apresentou o custo de produção nesta safra 2022/23, da lavoura do Sr. José Gonzalez Cenizo, que atingiu o valor total de R$ 23.908,59 por alqueire, entre insumos, serviços de manutenção e colheita, com aumento em relação a safra anterior, principalmente pelo aumento dos valores de fertilizantes.

O produtor, Sr. José Gonzalez Cenizo fez um relato sobre a safra atual, apresentando os aspectos a serem melhorados para as próximas safras, em relação ao tratamento de sementes, estratégias de controle de pragas, fitoxidade de herbicidas e cobertura de palha para melhora da qualidade do produto colhido.

O Sr. Dr. Wilson Paes de Almeida, após o encerramento do evento, manifestou-se com o seguinte texto: “Na safra 2022/23 houve ingresso de vários novos produtores na Cotonicultura. Na região de Cambará, Itambaracá e Cornélio Procópio, por exemplo, três novos produtores entraram na atividade.

Durante o ciclo, o clima foi predominantemente favorável ao algodão. As temperaturas foram mais amenas do que as observadas na média dos anos. A partir do final de dezembro até a primeira quinzena de março, as temperaturas máximas e mínimas foram mais baixas do que as medias históricas, os dias foram predominantemente nublados, com chuvas dentro ou acima da média. Praticamente não houve veranicos neste período, favorecendo o desenvolvimento do algodão e a emissão de mais ramos frutíferos, possibilitando a fixação de maior número de frutos pelas plantas. Com a emissão de mais ramos produtivos, mais dias nublados e temperatura menores, houve também prolongamento do ciclo da cultura entre 20 e 25 dias.

A partir da segunda quinzena de março, o clima se normalizou, havendo maior insolação e menores índices pluviométricos, auxiliando na maturação da cultura.

Se o tempo favoreceu a produção de algodão no Paraná nesta safra, não se pode dizer o mesmo das pragas. Foi um ano de ocorrência mais acentuada de Spodoptera, bicudo e, sobretudo, de percevejo marrom, beneficiado pelo deficiente controle exercido nas lavouras de soja.

Neste sentido, os gastos com controle de pragas foram maiores do que o habitual.

A colheita foi iniciada, a perspectiva de produção é boa e a qualidade do produto também.

“Há boas possibilidades para aumento da área plantada no próximo ano, havendo vários novos produtores interessados em entrar na atividade”

O Dia de Campo de Algodão foi considerado um dos melhores eventos da região dedicado aos agricultores e estudantes, passando tanto informações técnicas quanto pratica, com imersão no campo, troca de ideias e conhecimentos entre os maiores e mais renomados conhecedores da área.

Após o evento, a ACOPAR convidou os convidados para um delicioso almoço organizado pela Arena Comelli, reconhecida área de eventos, pesca esportiva, Grill entre tantos outros adjetivos colocando Cambará na rota Gastronômica e de pesca esportiva do Paraná, fechando com chave de ouro mais um evento que certamente colocará o Paraná novamente como referência na produção do Algodão no Brasil.

 

Aristeu Sakamoto
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